Enfim, neste último final de semana pude fazer uma viagem que já planejava em minha cabeça há um tempo. Juntamente com o Kutner e a Alli (uma america que ja viajou bastante pelo mundo) deixamos Tel Aviv rumo a Belém, Hebron, Nablus e Ramallah.
Assumo que estava um pouco temeroso quanto ao que podia encontrar e mais ainda sabendo que minha verdadeira identidade lá não era bem vista (cito a questão de ser judeu).
Lotação, ônibus, táxi e até mesmo limosine foram nossos meios de transporte nestas cidades.
Em Belém pudemos ver a Igreja da natividade e o local onde supostamente o menino Jesus nasceu, depois passeamos um pouco pela cidade e fomos convidados para sentar e tomar um chá numa loja.
Após a visita a Belém fomos para Hebron ver as tumbas dos patriarcas. Hebron é a cidade onde se localizam os assentamentos judaicos e o clima lá é bem pesado passamos por cinco bloqueios numa caminhada de 100 metros entre a parte árabe e a parte judaica. Queríamos dormir em Jerusalém, mas já não tinha mais ônibus por isso foram necessárias duas caronas para cegar lá. Em Jerusalém conseguimos um jantar de shabat numa família religiosa muito legal, com uma cabeça aberta, conseguida pelo Vitor (Mendigo) que ta morando há oito meses na Yeshiva da Biniam Olam em Jerusalém.
No dia seguinte fomos para Nablus ao encontro de Melissa (uma canadense que faz trabalhos voluntarios em Nablus que Kutner tinha conseguido o contato pela internet)ela nos levou para conhecer a cidade velha e depois fomos para um parque aquático com uma família bastante tradicional. A volta de Nablus para Ramallah foi bastante complicada tivemos que passar por vários checkpoints, nossos passaportes foram vistos três vezes e em todas os soldados não conseguiam entender o porquê de termos curiosidade de conhecer Nablus.
No dia seguinte, para fechar nossa viagem, fomos a esplanda das Mesquitas (Mesquita de Al-aqsa e Domo da Rocha).
Foi uma viagem extremamente intensa escrevi pouquíssimo aqui para não ficar muito cansativo. De qualquer forma, o que posso dizer é que foi uma das experiências mais incríveis que já tive, conversei com muita gente, vi a dificuldade de vida palestino pós segunda intifada e agora posso chegar a alguns conclusões sem o intermédio da mídia. Aqueles que quiserem saber um pouco mais a fundo dessa viagem me peça que eu mando um e-mail.