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Lost in Asia

Rishikesh - resumão dos últimos 10 dias

INDIA | Monday, 14 January 2013 | Views [1492] | Comments [3]

Demorei mas voltei. 

 

Estou há 30 dias na Asia! WOOOHOOOO!!!!

No último post nós estávamos indo para o aeroporto pegar um vôo para Dehradun com escala em Delhi. Quebrei o post em tópicos:

 

JORNADA PARA  O NORTE 

Com algumas horinhas no aeroporto de Delhi a Vivi e a Maurien resolveram comer no Mc Donalds, lá fomos nós. Ja esperava um menu diferente, MAS NAO TEM HAMBÚRGUER. Como é que Mc Donalds nao tem hambúrguer? Da-lhe veggie burguer. Hehehe 

O aeroporto é enorme, moderno e muito bonito, mata a pau o nosso de guarulhos infelizmente. Embarcamos para o ultimo trecho da viagem, um vôo de 30 minutos e ainda assim nos serviram uma refeição. Ponto para a Jet Airways, serviço muito bom, espaço legal para as pernas e comissários simpáticos. 

Chegando em Dehradun fomos buscados por um taxi do tamanho de um Palio para 4 pessoas com bagagem. Aperta daqui, espreme dali e pronto, coubemos todos sem deixar nada para trás. A cidade fica no pé do Himalaia então o choque, para quem veio do Sul da india no litoral próximo ao Equador, foi grande mas bastante positivo no mu caso. Temperatura bem mais amena na casa dos 15ºC e a paisagem de montanha também agradou a todos nós. 

Finalmente encontrei um banco onde eu poderia sacar o dinheiro no meu cartão Itau Amex Global Travel. Aos amigos do Itau preciso deixar meu feedback - levei meu cartão pro Marrocos, Europa, EUA, Dubai e India mas o único lugar onde nao tive problema nem de aceitação nas lojas nem nos ATMs foi nos EUA. Enfim...

Fomos para o hotel que foi uma  grata surpresa. Embora nao seja muito próximo ao Ashram, só R$12,00 por pessoa e o quarto é enorme e tem até uma cozinha que virou meu walk-in closet. Depois do quarto no ashram esse aqui parece hotel 5 estrelas. A única dificuldade era no hora do banho. Praticamente uma tortura. Imaginem um quarto com piso de mármore no pé da montanha com 2ºC de temperatura. O banheiro era quase polar e a água aquecida nao durava muito mais do que 3 minutos. Pra completar a tortura não tinha box nem cortina, então depois do banho, quase morrendo de frio ainda tinha que passar um rodinho que tem meio metro de altura pra secar o banheiro. Mesmo assim tava ótimo. Até aqui somos provas da capacidade de adaptação do ser humano. 

 

PREM BABA

Viemos para Rishikesh por causa do Prem Baba, guru Brasileiro com formação em psicologia e na minha opinião, com uma pedagogia incrível. O trabalho dele é muito voltado para o auto-conhecimento, a identificação e descontrução do ego formado a partir de traumas desde a nossa infância e que causa alguns padrões de comportamento recorrentes e indesejáveis. Entendeu? 

Todos os dias de manhã a gente tomava café da manhã no restaurante dos nepaleses, que merecem um parágrafo próprio mais pra frente,  depois ficávamos até quase às 14h assistindo o Prem Baba futucando nossos traumas. Acho que até vale a pena contar um casinho que ele usou sobre um homem que resolveu se isolar na montanha para meditar. Ele arrumou todas as coisas que precisaria para sobreviver por algum tempo, pegou uma burrinha para carregar a carga dele e partiu montanha acima. Chegando lá ele se instalou e por lá ficou durante algum tempo meditando. Depois de muitos dias ali sozinho, meditando sem ninguém por perto, começou a reparar na burrinha... olhou direito, olhou melhor ainda, começou a achar a tal burrinha bem engraçadinha e disse:

-Acho que tá na hora de voltar.  

Quem quiser que eu explique melhor o caso da burrinha me chama pra tomar um café quando eu estiver de volta no Brasil. Hehehe 

Assim foram nossos dias com Prem Baba, parecia aula de cursinho pré vestibular de tanta anotação que a gente fazia. 

 

MESTRE PARVEEN 

Cheguei a Rishikesh decido a fazer um curso de Reiki então logo no primeiro dia procurei algum ashram com o curso e foi ali que conheci o mestre Parveen. Simpatizei logo de cara com ele e dali a alguns dias escutaria uma historia muito parecida com a minha. Parveen é um indiano com seus 30 e poucos anos, formado em contabilidade com mestrado em marketing. Começou sua carreira no mundo corporativo muito cedo. Sempre muito comprometido com a empresa começou a se dar conta de que sua vida se resumia a trabalhar. Chegava ao escritório às 8:00h e saía depois das 22:00h todos os dias. Tirava alguns poucos dias de férias durante o ano até que se cansou disso tudo, avisou a família que largaria a carreira, pediu demissão muito a contragosto do seu gestor e foi morar na floresta por 6 meses com um guru. 

Claro que nao vou morar em floresta nenhuma nem virar professor de Yoga e Reiki Master numa cidade no pé do Himalaia, acho... mas nos identificamos um com a história do outro e percebi que a rotina corporativa Indiana é mais desumana que a nossa. 

Combinamos o dia e o horário de início e em 6 encontros diários ele me passou uma quantidade enorme de conhecimento. 

Antes do dia 15 de janeiro consegui completar uma das minhas metas de 2013, já estou apto a aplicar Reiki mesmo à distância se for necessário.

Os nepaleses serão minhas cobaias de Reiki,  principalmente as crianças do orfanato. 

 

NEPALESES EM RISHIKESH

Falando em nepaleses vamos ao pessoal do restaurante. Rishikesh é uma cidade super turística recheada de restaurantes que apresentam em seus cardápios diversos pratos das cozinhas indiana, chinesa, tibetana, russa, árabe, italiana e mexicana. Parece que alguem abriu o mapa mundi, escolheu algumas regiões ao acaso e o resto dos restaurantes copiou a idéia. O que importa é que deu certo e nós comemos bem pra caramba todos os dias. Acho que não teve nem sequer 1 dia que eu tenha achado o prato mais ou menos. Mesmo tendo passado por diversos restaurantes, um deles virou ponto de encontro. A principio por ser no hotel de duas brasileiras que estavam com a gente mas, com o tempo, o bom humor dos nepaleses que trabalhavam no restaurante acabou virando mais um motivo. Os nepaleses chamam todos os clientes de MY FRIEND, fazem piada, dão risada de tudo e arriscam varias palavras em português. Comida boa, preço justo e atendimento bacana nao tem como dar errado. Pra completar, tinha wifi de graça. A gente entrava de tarde pra tomar um chá, pedia um bolo pra acompanhar, chegava mais alguém do grupo, mais chá, um suco, mais algum conhecido, mais bolo, mais chá, mais gente, um violão, um croissant, uma salada de fruta, um cafe, mais amigos, música, chegava a hora de jantar e assim ia. Numa dessas noites apareceu um flautista brasileiro chamado Ivan que ja tinha passado algum tempo no Nepal e tocou uma música super popular chamada FIRIRI. Pense na alegria dos nepaleses. No nosso ultimo dia eles colocaram essa música pra tocar diversas vezes desde o café da manha. Cantaram com a gente, dançaram e tiraram foto. Se o povo do Nepal for assim eu to feito. 

 

Ufa, consegui dar uma bela resumida! O próximo post é imperdível. Vou relatar uma experiência única na Índia (única pq espero que não se repita), 14horas viajando de trem. Até mais!!!

 

Comments

1

Querido!
Vc sempre foi uma pessoa muito especial!
Acredito que com esta viagem se é possível, vc se tornará ainda mais!
Meu sonho é aprender a aplicar reiki! Hoje eu trato as cólicas e o mal estar da Monalisa só com o Reiki, mas quem aplica é minha prima!

Quero muito sentar com vc para contar tudo!

Obs! Acho que entendi a história de burrinha!!! Kkkkkkkk

Bjossss

  Tauani Jan 19, 2013 3:12 AM

2

Qual é o nome desse restaurante nepales?

  Belissa Aug 22, 2014 5:38 AM

3

Puxa vida Belissa, o nome eu não tenho idéia. Se me largarem em Rishkesh eu saberia voltar lá, rsrsrs. É um hotel e restaurante.

  Fernando Aug 22, 2014 7:20 AM

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