Feliz ano novo meus amigos! Espero que todos tenham entrado com o pé direito e que esse ano seja cheio de novidades para todos.
Eu sigo por aqui na India. Estou escrevendo esse post dentro do carro (escrevi o post no dia 03.01 as 3h da manha) que esta nos levando ao aeroporto de Kochi, onde pegaremos um vôo para Dehradun com escalas em Chennai e Delhi e nosso destino final será Rishikesh.
Vou voltar um pouquinho no tempo para falar da virada. O dia 31 foi bem tranquilo, como era segunda feira e segunda feira é dia da Amma meditar na praia ao cair da tarde, lá fomos nós garantir nosso lugar. O ashram estava lotado para o réveillon e consequentemente a praia também. Sentamos eu e a vivi num cantinho e logo veio a Pati sentar com a gente - Pati é uma brasileira, de Minas Gerais, que mora na Espanha e que conhecemos aqui. Figura! Pessoa do bem, divertidissima, espirito livre. Tão livre que quando soube que estávamos indo par Rishikesh, comprou uma passagem e veio junto. Esta sentada na minha frente aqui no carro - ficamos ali sentados próximos de onde a Amma sentaria esperando por ela quando sentimos alguns pingos. Patz! Ia começar a chover. Sendo a mulher de visão que a Amma é, ela mandou chamar todo mundo para dentro do ashram para fazer a meditação no auditório. Foi só entrar todo mundo para desabar o mundo. Os dias aqui estavam todos incríveis, mas nos dias que choveu, choveu muito! Enfim. Meditamos, cantamos, fomos pro banho, jantamos e depois voltamos para o auditório para assistir as apresentações preparadas para a noite da virada. A primeira foi de dança indiana com uma indianinha que deixou todo mundo de boca aberta. Depois disso veio um cara com malabares de fogo, depois um pouco mais de dança indiana e finalmente um grupo dançando e cantando WE ARE THE WORLD. A apresentação com bailarinos, bailarinas e varias crianças foi de arrepiar.
A Amma chegou um pouco tarde e ja era quase meia noite. Logo que chegou ficou sentada brincando de bexiga com as crianças e a gente se divertindo com a cena. Ja era quase meia noite quando a Amma pediu que todos se juntassem a ela para entoar o mantra que pede para que "todos os seres sejam felizes". E foi assim que entramos em 2013, mais de 1000 pessoas pedindo juntos pela felicidade de todos. Foi no mínimo um réveillon impar na minha vida.
Depois disso o auditório virou uma "micareta"! Claro que na sua devida proporção.
A Amma foi para sua casinha depois de 1h da manha e nos ficamos por ali mais um pouco.
Nesse momento a Vivi resolveu fazer uma ciranda. Juntou os brasileiros numa roda que logo ficou multinacional com brasileiros, alemães, italianos, franceses, argentino e nao sei mais o que. Cantamos e dançamos uma música assim. Depois tivemos que reduzir a roda por causa do barulho. Nesse momento eu fui para a praia sozinho fechar o meu balanço do ano de 2012.
E QUE BALANÇO! Sem duvida alguma foi o ano de maior mudança nesses meus 32 anos de existência nesse planeta.
Mais tarde a
Vivi e algumas meninas acabaram vindo para a praia e lá ficamos assistindo as ondas arrebentando nas pedras até quase 4h.
Claro que no dia seguinte nao tinha como levantar cedo. Então acordamos ja perto da hora do almoço, tomei um brunch hehehe e fomos para a praia de tarde lavar a alma.
Não dá pra deixar passar em branco a experiência de pegar um onibus na India para ir até a praia! hahaha! Pense num onibus diferente, pensou? Não chegou nem perto. Duvido que você tenha imaginado um onibus com imagem de Krishna, incenso e música de Bollywood tocando. Não tem vidro nas janelas, não sei como fazem em dia de chuva e eu quase não conseguia ficar com a cabeça levantada enquanto estava de pé pq eu sou gigante perto da maioria dos indianos. As mulheres sentam nos bancos da esquerda e os homens nos bancos da direita. O cobrador vem de 1 em 1 cobrar a passagem. Enfim, isso é Índia.
Ir para a praia foi a melhor coisa que podíamos ter feito nesse dia. A temperatura estava ótima e o melhor ainda. Acho que nunca nadei em praia com onda tão grande mas foi ótimo. Deu até pra pegar jacaré e claro que levar muito caldo também. A foto desse post foi tirada lá, já colquei mais fotos na galeria do blog.
Voltamos pro ashram ja no fim do dia. Deu tempo de arrumar a mala, jantar, despedir de quem estava indo embora e ir pra cama.
Dia 2 foi um dia que esperamos o tempo passar até chegar a hora de pegar o taxi para o aeroporto. Na hora do almoço conheci a Maria Flávia e fiquei com a sensação de que ja conhecia de algum lugar. Durante o jantar descobri que fui monitor dela no English Camp em 1999. Fala serio. Rsrsrs. E como aqui o pessoal chega meio sem rumo, ela e uma amiga vão nos encontrar em Rishikesh e devem viajar com a gente por outros lugares da India depois.
Agora aqui estou eu há 2 horas sentado no banco de traz de um carro com mais 5 pessoas - o motorista, a Vivi, a Pati, a Maurien e uma senhora egípcia que eu acho que chama Dara, mas tb pode ser Zoraia, sei lá. Uma senhora de 72 anos, nascida no egito, foi para a França refugiada de uma guerra, depois se mudou para a Califórnia, virou seguidora do Osho, depois do Ravi Sankar, agora mora na Índia no ashram da Amma e disse que só tem mais 3 meses de vida. Enfim... aqui vc conhece gente de todos os tipos.
Bom, como a possibilidade de dormir nesse conforto todo tende a ZERO, resolvi escrever o post no celular mesmo.
Pegamos o taxi a 1h da manha, o nosso vôo sai as 6:30h de Kochi (cidade relativamente próxima ao ashram), passa por Chennai, chega em Delhi antes do meio dia, depois pegaremos outro vôo as 13:30h até Dehradun onde chegaremos as 14:40h e de lá faremos mais um trecho de carro de menos de 1 hora até Rishikesh.
Olha como é fácil se locomover na India. Em um pouco mais de 12 horas a gente vai cruzar do extremo Sul até próximo do Himalaia lá no norte.
Assim que puder eu conto como é o norte da Índia
