Neste último final de semana estivemos em Jerusalém. Quinta-feira fomos para lá com o grupo da Faculdade, visitamos Santo sepulcro (Igreja onde se encontra a pedra onde Jesus ressuscitou e onde ele está enterrado) , Kotel, cidade de David e depois jantamos num restaurante Marroquino. Ficamos hospedados na casa de uma amiga da mãe do Kutner. Numa família religiosa que morava num bairro religioso, uma experiência incrível! Na manhã de sexta-feira, começamos pelo museu do holocausto Yad Vashem. Por mais, que já tivéssemos estado lá sempre há muito o que se surpreender e se revoltar. Depois fomos para a Machané Yehuda, que é uma feira muito grande e que fica lotada logo antes do Shabat. Mais para o final da tarde fomos acompanhar o Shabat no Kotel, foi incrível ver milhares de pessoas rezando. Pudermos observar como o local ficava cada vez mais cheio e com um maior número de myniamim. Por lá existiam inúmeras mesas, em cada qual se amontoavam cerca de 20 pessoas. Apesar de estarem rezando a mesma coisa, cada mesa tem seu ritmo e enquanto uns apenas murmuravam outros cantavam e dançavam alegremente. Cada um desses grupos se utilizavam de trajes diferentes. Às vezes somente a meia variava de preto para branco, mas sempre existia algum tipo de diferença, para mostrar que linha seguem ou que rabino acreditam. É estranho, são todos judeus, todos estão no mesmo lugar por causa do Shabat, mas de maneira nenhuma podem rezar juntos, tem que cada um fazer o seu. Depois dessa visita ao Kotel voltamos a casa em que estávamos hospedados para ter um legítimo jantar de Shabat. Após toda comilança fomos passear pelo bairro, assim como todos os jovens moradores de lá fazem. No fim do passeio vimos a Yeshiva onde teve o atentado em março, no qual 8 estudantes morreram. Posso dizer que essa última sexta-feira foi um dia extremamente intenso e de muitas reflexões.
No sábado comemos um belo Tchulent (feijoada judaica) depois, como tudo estava fechado, fomos novamente ao Kotel, passeamos pelas ruelas da cidade velha e pelo bairro Mea Sharin, de religiosos ultra-ortodoxos, que vivem como se estivessem no século XVI.
Não sou o maior fã de poemas, mas teve um no Yad Vashem que me deixou instigado.
Leiam:
Dream
When I grow up and get to be twenty
I’ll travel and see this world of plenty.
In a bird with engine I will sit myself down,
Take off and fly into space, far above the ground.
I’ll fly, I’ll cruise and soar up high
Above a world so lovely, into the sky…
And so, delighted by all the world’s charms.
Into the heavens I will take off and not have a brother
The cloud is my sister, the wind is my brother.
Abramek Koplowicz, murdered in Auschwitz at age 14
