Os ônibus turísticos de Nha Trang a Hoi An são noturnos, e como não temos mais coluna para passar uma noite dormindo sentados resolvemos ir de trem. Inclusive para experimentar outros meios de transporte e nos misturarmos um pouco com os locais.
O trem era razoável, mas perdeu em comparação ao trem noturno da Tailândia. Não dormimos muito bem, pois como não desceríamos no final da linha e nossa chegada estava prevista para às 5 da manhã, ficamos com medo de perder a parada. Bobagem, pois o bilheteiro avisa quando se está chegando.
Na verdade o trem vai até Dà Nãng, onde pegamos um mini-ônibus que nos levou até Hoi An. Embora sonolentos chamou a atenção que a cidade estava desperta já às 5 e meia da manhã: muitas pessoas fazendo exercício, caminhando e até indo para a escola. Mas a surpresa maior foi quando o carro passou pela praia, pois esta estava cheia! Tinha muita gente tomando banho de mar até. E isso que o sol mal nascera. A impressão que deu foi a de que houve uma rave na praia na noite anterior e que esta estava acabando naquele momento.
Hoi An, um museu a céu aberto, é hoje uma cidade de 76 mil habitantes. Foi, entre os séculos 17 e 19, um dos principais portos internacionais do sudeste asiático, atraindo muitos comerciante chineses e japoneses, os quais deixaram sua marca na arquitetura local, assim como os franceses (ver fotos). Ainda bem que isso ainda está presente, pois os dois lados na guerra cooperaram para preservá-la.
Sem dúvida o ponto alto da viagem pelo Vietnã até o momento. A cidade é simplesmente charmosa e encantadora com suas casas todas amarelas ou de madeira. Podem ver as fotos, mas só mesmo estando lá e caminhando por suas ruelas é que se pode entender.
Uma das especialidades de Hoi An são as roupas feitas sob-medida. A cada três lojas uma é uma alfaiataria. Difícil resistir: eu fiz uma calça social e uma camisa, e a Melissa copiou sua saia favorita (que ficou idêntica à original) além de uma bata bordada e 3 tops. Tudo por menos de 90 dólares! Eles fazen de tudo que se possa imaginar, incluindo sapatos e biquínis...
Em My Son, patrimônio da humanidade, visitamos as ruínas do centro intelectual e religioso do reino de Champa, que estão em um verdejante vale no meio de montanhas e riachos. Embora o calor estivesse insuportável, mesmo assim aproveitamos o passeio. Infelizmente My Son não teve a mesma sorte de Hoi An e foi duramente bombardeada pelos comedores de hambúrguer durante a guerra.