'Tudo igual' em Cingapura, Malásia e Brunei?!
BRUNEI DARUSSALAM | Monday, 5 May 2014 | Views [1880] | Comments [6]
Com Dora, em Brunei. Somos iguais e diferentes.
Esses foram os países por onde estivemos depois da Austrália. E alguém fez um comentário interessante, para não dizer engraçado, sobre nossa viagem. Disse algo assim: “Mas eles foram para lá para ver praias? Montanhas?” E poderia ter continuado: “e viajaram para ver prédios? Museus? Cidades? Gente? Mas é tudo igual!!!”.
Sim! Estamos percorrendo o mundo para mergulhar nas praias, subir as montanhas, entrar nos prédios, admirar os museus, andar nas cidades, experimentar comidas, conhecer pessoas. Tudo igual, mas absolutamente diferente.
Em Brunei desembarcamos à meia noite. Para nossa supresa não havia ATM para sacar o Dólar de Brunei no aeroporto e a casa de câmbio estava fechada. Confirmei isso com uma mocinha que trabalha num café do aeroporto e ao explicar que precisávamos trocar ou sacar dinheiro na moeda local para pegar um taxi para o hotel, ela simplesmente disse que nos levaria lá. Confirmou com seus colegas a localização do hotel, pegou seu carro e não só nos levou, como ainda se desculpou pelo seu país deixar um turista estrangeiro numa situação tão delicada. Gente é ‘tudo igual’?
Quando pensava que já havia visto tudo que uma metrópole de primeiro mundo pode oferecer, eis que conhecemos Cingapura, com toda a tecnologia a serviço do homem comum, e com pessoas comuns com um senso de civilidade e respeito ao bem público incontestavelmente incomuns. Cidade é ‘tudo igual’?
As atuais torres gêmeas mais altas do mundo estão em Kuala Lumpur. São as Petronas Towers, sede da empresa petrolífera da Malásia. Além de ter um visual bem impactante com seu revestimento todo em aço inox e vidro, especialmente à noite quando estão iluminadas, têm acesso livre ao público. Pudemos entrar, sem nenhum tipo de revista, apesar do fatídico 11 de setembro. Prédio é ‘tudo igual’?
Em Langkawi, uma ilha da Malásia, ficávamos no mar até anoitecer, por volta das 8 da noite, pois a água é muito quente, exatamente na temperatura externa, e como não há vento, não se sente nem um arrepio ao sair da água. Praia é ‘tudo igual’?
Mas há também quem diga que pôr do sol é ‘tudo igual’. Aí me calo e suspiro indignada. Como não penso assim e adoro pôr do sol, fui abençoada com possivelmente o mais lindo pôr de sol que já contemplei, na praia de Cenang, ainda na Malásia, enquanto nos divertíamos vendo mulheres de véu e de burca andando de jet ski e paraceil. Surreal! Pôr de sol é ‘tudo igual’?
Acho isso tudo muito divertido pois, por outro lado, o galego se esforça para me mostrar as diferenças nos carros e motos, e eu continuo achando ‘tudo igual’!
Na verdade basta estarmos um pouco mais atentos, disponíveis, abertos, para perceber que tudo pode até ser parecido, mas nada é igual. Tudo é absolutamente diferente.