Viagem na viagem
SRI LANKA | Friday, 27 December 2013 | Views [429]
Viagem no tempo e viagem na viagem de um rei...
Nas cidades do interior estão a maioria dos Patrimônios Culturais da Humanidade do Sri Lanka, com mais de 2000 anos de cultura e história. Viajando por elas pudemos aprender bastante da história desse país.
Rodamos Anuradhapura e sua Cidade Sagrada da nossa forma preferida: de bike! É o maior centro de peregrinação do país. Um sítio arqueológico com 25 quilômetros quadrados, que tem no seu centro a árvore mais antiga do mundo, a Shi Maha Bodhi (uma figueira de mais de 2.000 anos comprovados cientificamente)! Dizem que é uma muda da árvore sob a qual o Budha se iluminou, trazida da índia, e que é cuidada por guardiões desde aquela época. Está rodeada por campos com diversos monastérios e enormes Dagobas (Estupas).
Muitas pessoas em prece, grupos caminhando e recitando mantras e orações. Espírito de fé e devoção contagiantes em muitos lugares. Dia todo de curtição e muita paz. Tudo plano, arejado, muitas árvores. Muitos templos budistas de mais de 2000 anos também.
E eles já tinham piscinas, poços, sistema de distribuição de água, esculturas belíssimas... e enquanto isso nossos índios batendo tambor! Sou invocada com isso. Tantos lugares com civilizações avançadas e nossos índios não desenvolveram nadica de nada?!!!
Para animar fui pega de surpresa ao comprar manga e receber um saquinho com pedaços de manga com pimenta! Bem picante, mas surpreendentemente saboroso.
Viajamos depois paraPolonnaruwa e no caminho paramos numa oficina de esculturas em madeira onde conhecemos a madeira Arco-Íris (tradução para português), que só existe aqui. É mágico, pois o pó da madeira misturado com água, limão ou mel se transforma em todas as cores do arco-íris, sendo usado para pintar as madeiras. Muito interessante!
Polonnaruwa é também uma cidade histórica, apenas de época distinta, com construções do século IV e V repletas de esculturas em pedras muito detalhadas. É mais bem preservada, e nos lembrou Angkor Vat, no Cambodja, com todos os monumentos no meio da floresta.
Vamos combinar: mesmo com toda tecnologia a nosso favor, parece que ficamos mais preguiçosos... Arquitetos e artista de plantão que me desculpem, mas é impossível olhar para todas essas obras antigas e não se perguntar por que nos tornamos tão simplistas na arquitetura e na arte?
Seguimos para outro lugarejo, Sigirya, mais um deslumbrante patrimônio da humanidade, que para nós foi até agora o maior exemplo de viagem dentro da nossa viagem. Lá existe uma pedra enorme, de 370 metros de altura, e o rei cismou de construir o palácio lá em cima! Loucura! Isso no século III! Valeu a pena, pois o visual é lindo e a subida estonteante. Construiu também um enorme jardim em torno da pedra, rodeado de poços que são abastecidos pelo rio que passa nas redondezas. São muito impressionantes os afrescos pintados numa pequena caverna no meio da pedra, com uma espiral muito louca para chegar lá. E também a enorme piscina lá no alto. Não dá para imaginar como fizeram aquilo naquela época. Muita viagem do rei!
Já a caminho de Kandy paramos em Dambulla para mais uma subida a fim de ver o Templo Dourado e o Templo Rochoso, com seus 1500 budas dentro de cavernas. Interessante, mas acho que eles contaram todos os ‘budinhas’ pintados nos tetos também, rsrsrs. Mas valeu porque encontramos uma viajante de Luxemburgo que havíamos ajudado na estação de trem em Mount Lavinia, e ela nos deu a dica da hospedagem em Kandy. Esse retorno veio direto e rápido, hein?
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