Sri Lanka! Porque não?
SRI LANKA | Friday, 27 December 2013 | Views [1796]
Ceilandeses curtindo a praia
Muitos me perguntaram por que viemos para o Sri Lanka, o antigo Ceilão, lugar que a maioria só ouviu falar que foi devastado pelo Tsunami. Minha curiosidade por países pouco conhecidos no ocidente é enorme, e sempre acho que existe muito mais além das notícias da tv e internet.
Praias sem fim, ruínas bem antigas e intocadas, povo hospitaleiro, muitos elefantes, preços baixos, trens divertidos, o famoso chá, comida saborosa... Preciso continuar? Foi a primeira coisa que li sobre o Sri Lanka, então eu tinha que vir conferir. Em apenas uma semana já posso dizer: é isso tudo e muito mais!
O voo para Colombo, a capital, já deu alguns sinais. O almoço servido era muito gostoso, mas foi a comida mais apimentada que comemos até hoje! E não havia saída, era essa ou nada! E nós adoramos. Sopramos muito, víamos a hora de sair fogo das nossas bocas, mas adoramos. O país é conhecido pela comida mais picante do planeta.
Fomos de ônibus até o centro de Colombo. Cidade grande. Centro totalmente caótico. Trânsito infernal. Pegamos outro para Mount Lavinia, uma cidade na Grande Colombo, ou seja, nos arredores de Colombo e na beira-mar.
Uma coisa muito engraçada me confundiu bastante no ônibus. Quando falei o nome da parada que queria descer o trocador balançou a cabeça em sinal de ‘não’. Só que eu estava certa que o ônibus era aquele. Escrevi o nome da parada num papel e ele respondeu ‘ok!’, só que novamente com o gesto de ‘não’. Aí lembrei que aqui o movimento de não com a cabeça quer dizer ‘sim’! Pedi para ele me avisar o ponto e aí veio o sinal mais gracioso daqui: eles balançam a cabeça inclinando-a no sentido dos ombros, e isso quer dizer: Tudo bem!
Adorei isso, e o tempo todo eles fazem assim. É muito charmoso, eles fazem com delicadeza, sempre com um leve sorriso. E devem achar muito engraçado quando eu digo ‘não’ e balanço acabeça com o sinal que para eles é de ‘sim’, kkkkkk.
Aliás, o cingalês é um povo muito simpático e alegre, sempre com um sorriso no rosto, sempre oferecendo ajuda. Todos aqui falam ao menos um pouco de inglês, o que facilita muito. As crianças ficam curiosas conosco e adoram nos cumprimentar. Com cabelos muito negros e lisos, as meninas usam bem curtinho e as moças longas tranças.
As avenidas não têm semáforos, então o trânsito flui bem. Os pedestres atravessam somente na faixa, onde são totalmente respeitados. Nas áreas mais movimentadas há passagens subterrâneas para os pedestres, e quando não, guardas de trânsito. Nisso tem cara de primeiro mundo.
Tivemos uma surpresa quando descemos na avenida principal e entramos na rua da Guest House: uma rua pacata, residencial, sem barulho. E outra surpresa quando mais tarde descemos um quarteirão, atravessamos a linha do trem que margeia o litoral e encontramos a praia com diversos bares e restaurantes, com um ótimo astral de praia de veraneio. Que cidade louca essa que em dois quarteirões, três mudanças radicais de cenário!
Transitamos por esses cenários várias vezes a fim de conhecer a cidade e descansar na praia, aliás bem parecida com Natal. Passamos horas vendo os ceilandeses se divertir no mar, tomando banho vestidos (às vezes os rapazes de cuecas). Num fim de tarde muito feliz, assistindo um belíssimo por do sol ao som de Janis Joplin e Ravin Shancar, havia um casal de noivos tirando fotos na areia. Estavam arrumados para o casamento que seria naquele dia, a noiva belíssima vestida de azul turquesa, e ficaram felizes e orgulhosos em conversar conosco um pouco.
A religião predominante é o Budismo, seguida pelo Hinduísmo, Catolicismo e Islamismo, não estou certa em qual ordem. Mas convivem bem, na santa paz, se respeitam e inclusive casam-se entre si. É comum ver católicos e hinduístas orando nos templos budistas, assim como budistas em igrejas. Não é assim também no Brasil? Vi poucos enfeites de Natal, e somente um Papai Noel, o que tornou difícil entrar no clima natalino.
A viagem de trem para Anuradhapuna, no interior do país foi divertida. O trem chegou à estação de Mount Lavinia mais que lotado. Mal conseguimos entrar. Na estação de Colombo saiu muita gente, mas entrou ainda mais! Ficamos em pé, apertadinhos. Quando eu pensava que não cabia mais ninguém, entrou um vendedor com uma bacia cheia de água mineral. E eu não sei como conseguiu passar no meio do povo! E esse foi o primeiro de diversos, que vendiam de tudo. Comprei até pé de moleque para adoçar a viagem! Foi assim por 2 horas e meia. Depois que o trem foi esvaziando pouco um cara ofereceu lugar para o galego e logo em seguida nós dois sentamos. Pudemos então contemplar a paisagem, que foi mudando devagarinho para a vegetação de floresta topical. As árvores e arbustos muito parecidos com os do Brasil. A cada parada nas estações muitos vendedores e crianças acenando. E aí só tranquilidade até completar 6 horas de viagem.
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