Acordei bem, só estava meio triste porque tive que me despedir da Alex. Hoje é o último dia dela aqui e sei o quanto essa "mini jornada" fez ela mudar um pouco o pensamento sobre as coisas que podemos fazer sozinhas. Então acordei e desci pra ajudar ela a ir embora. Vi o sorriso dela e voltei pro quarto. Pronta pra arrumar minhas coisas todas e pensar no que fazer durante todo o dia, já que meu voo só sairia no dia seguinte as 6:35.
Fui tomar café sozinha e subi. Arrumei minhas coisas todas, coloquei minhas coisas no store do albergue e logo o Timir apareceu pra me dizer que eu poderia ficar no hostel a vontade, mesmo depois do check out - isso é outra maravilha dos albergues, a liberdade de poder aproveitar mesmo depois de ter realizado o check out.
Mas antes de sair, uma carga extra na camera e uma tentativa de escrever um pouco na net no blog. Falar com os amigos, ver os emails. etc..curtir um pouco a net. Estou lá eu enquanto o argentino para do meu lado falando português. Ele estava mega indeciso sobre o que fazer, se ia pra Barcelona ou pra Zurique. Bom ter essa indecisão não? Rs..eu não posso me dar ao luxo.
Então bora lá. Marquei de me encontrar com ele na estação de Nothing Hill e fui. Primeira surpresa? Metro fechado. No hay problema. Bora pegar o onibus (que é bem mais legal). Fui dar uma volta pela cidade. Passeei por dois museus: O National Museum e o de fotografia - ambos for free. Eis que querida Solange me manda uma mensagem. Bora se encontrar? Claro! marquei com ela lá em Nothing Hill também. Queria saber como era o tal carnaval na Europa.
Fui andando, andando. E resolvi voltar no albergue pra pegar a bateria que eu havia deixado carregando e não me dei conta que errei na hora. Iria chegar atrasada. Pra melhorar? Peguei o ônibus errado. Isso porque o Juan me ajudou a encontrar o melhor onibus e mesmo assim eu errei. Volta tudo, pega outro. lá vamos nós. Parados, não dá pra andar, porque? Carnaval. E o caos instaurado. Desce, pergunta pra um, pergunta pra outro. O povo tava mais perdido que cego em tiroteio. E eu mandando mensagem pra Sol pra avisar que ia atrasar..e ela toda paciente.
Cara...passei por TODO O CARNAVAL Deles. E a coisa é o seguinte. Carnaval só no Brasil viu. Aquilo é coisa pra Jamaicano ver. A galera mais branquinha fica no "camarote" que são as casas e os demais..na rua..dançando Cuduro, uma dança tipicamente africana. Pois é. E váaaaaaaaaaaaarios carros de som...uma coisa de doido..mal feita, mal organizada. E muita ...mas muita droga. Tudo legalizado assim..normal como fumar uma cigarrilha. Pois é. Sei lá, devo eu ser muito careta...mas pra mim não deu.
Depois de uma hora perdida, encontrei a Sol..que pacientemente ainda me esperou comer um lanche no Mc Donalds. Na nossa mesa adolescentes com uma vodka qualquer montando um coquetel com Sprite. Tipicamente adolescente. Nós rimos muito as duas. e pra nossa surpresa eles nem sabiam que o carnaval era tão diferente assim..aff..quanta diferença.
Passado esse episódio, nos pusemos a andar. Desistimos do tal carnaval pra gringo ver e fui conhecer a Harrods, uma famosa loja de departamento de Londres de grandes marcas com alguns aspectos de Luxuria. Domingo..a loja fechou cedo..uma pena..do lado de fora tiramos várias fotos..e uma clássica..eu do lado de um taxi preto.
De lá fomos dar uma volta pelas redondezas, porém a Sol tava mega encanada com o lance do onibus pro aeroporto, porque definitivamente com a coisa do Carnaval, Londres estava diferente...bora achar um acesso de internet. E anda, anda, anda. Cara...muito dificil..mas dificil mesmo achar. Aqui todo mundo tem internet no celular então eles nunca colocam nada a disposição assim. Antes de desistir achamos um lugar..e a Sol me deixou preocupada. O cara do albergue havia dito que eu precisaria apenas de um onibus, porém na internet apareciam 3, com conexão com trem..uma coisa de doido! E eu fiquei maluca.
Anotei tudo, me despedi da Sol e fui pro albergue. Conversei com o cara da recepção e ele me disse pra ficar tranquila. Dai assisti um filme por lá, depois fiquei conversando com as francesas, ajeitei minha mala de mão, ouvi um pouco de violão. Nada de Juan. Pensei que conseguiria me despedir dele. Era o que eu queria. Fiquei lá no lounge esperando. E pra minha alegria a turma de Curitiba ficou lá fazendo cia. De repente quando eu decido usar o pc o Juan entra e me fala que ficou me procurando mas não me achou. Uma pena..queria ter me despedido dele direito..foi tão bom quando ficamos juntos...uma pena mesmo.
Nos despedimos ali mesmo na net. Ele me mandou um beijão, pediu pra aproveitar e voltei a conversar com os brasileiros. Dei uma cochilada. E já era meia noite. Acordei uma hora. Mais duas horas e era sair pra pegar o tão famoso onibus que o cara do albergue falou. Meu medo de não ter o tal onibus foi tão grande que acabei me programando pra sair antes.
Deitei no sofá e capotei. Tinha pedido pro cara da recepção não me deixar perder a hora. Dai chega uma galera total bêbada me acordando..cara que raiva...mas blz. Era me preparar pra enfrentar o frio e ir ver o onibus. Cinco minutos depois o cara do albergue aparece pra me acordar. Arrumar tudo. Me despedir e ir.
PUTA QUE PARIU que frio..rs..andando. Achei o ponto. Uma menina esperando. Do nada passa o onibus do mesmo número do outro lado. A dúvida, será que estou no lugar errado? Nada. O taxista garante, o onibus vai passar ali. E de certo, no horário ele passou. 30 min depois estava eu no Luton..mega cedo, porém tranquila não iria perder meu voo.
Fui fazer o check in, dispensei a mala grande. Fiquei com a pequena. Tomar café e esperar. Até as 6h35 havia tempo. Nada do sono vir. Ansiedade pura. Dai chamaram. E fui eu. Entrar no avião e novamente..dali há 1 hora estar num lugar novo. E de lá pegar um trem para chegar até a casa da minha prima!